quinta-feira, 30 de julho de 2009

Reencarnação na ciência


A Divisão de Estudos Perceptivos na Universidade da Virgínia estuda a reencarnação e outros eventos aparentemente paranormais


Apesar da reencarnação parecer normal para os mais de 1,25 bilhões de praticantes do Hinduísmo e Budismo, não é amplamente aceita por aqueles fora da religiosidade oriental. O ceticismo ocidental na reencarnação é devido ao foco das religiões monoteístas em uma única vida, uma única alma e um Deus diligente que não confia em leis cármicas. E com alguns crentes esporádicos anunciando que são a reencarnação de Cleópatra ou Elvis, não é surpresa que muitas pessoas continuem extremamente descrentes na capacidade da alma de retornar repetidamente.

Entretanto, esse ceticismo generalizado não impediu que pesquisadores explorassem o potencial da reencarnação. Dr Ian Stevenson, um psiquiatra acadêmico, conduziu o estudo sobre a reencarnação nos Estados Unidos até a sua morte, em 2007. Stevenson fundou a Divisão de Estudos da Personalidade no Departamento de Psiquiatria e Ciências Neurocomportamentais da Universidade da Virgínia. Esse laboratório que mais tarde tornou-se conhecido como a Divisão de Estudos Perceptivos, é especializado em examinar crianças que lembram-se de vidas passadas, experiências de quase morte, aparições e comunicações pós-morte, experiências extracorpóreas e visões no leito de morte.

Stevenson, que freqüentemente chamava a reencarnação de "sobrevivência da personalidade após a morte", viu a existência de vidas passadas como uma provável explicação para as diferenças na condição humana [fonte: New York Times]. Ele acreditava que experiências passadas somadas à genética e o meio-ambiente poderiam ajudar a esclarecer a disforia de gênero, fobias e traços de personalidade inexplicados.

Os estudos sobre reencarnação de Stevenson focaram-se em crianças jovens, geralmente, com idades entre 2 e 5 anos, que apresentavam fobias inexplicáveis ou memórias detalhadas de uma vida anterior. Stevenson tentava comprovar os fatos que a criança apresentava com detalhes da vida de uma pessoa falecida. Algumas vezes ele fazia conexões surpreendentes entre lembranças e vidas. Um garoto libanês estudado por Stevenson não apenas sabia onde um estranho falecido mantinha seu cachorro preso, mas também que o homem havia sido mantido em quarentena em seu quarto - um fato atribuído pela família a sua tuberculose pulmonar.

Stevenson estudou 2.500 casos durante cerca de quatro décadas e publicou livros e artigos técnicos. Ele alegava que apenas queria sugerir que a reencarnação fosse plausível, e não prová-la absolutamente. Apesar da alegação de Stevenson, seu trabalho foi amplamente rejeitado pela comunidade científica. O potencial de ligar duas vidas com coincidências ao invés de fatos, e a incapacidade de conduzir experimentos controlados deu abertura às críticas contra sua pesquisa.

Um desafio do além

Apesar de Stevenson nunca ter declarado publicamente uma crença pessoal na reencarnação, ele deixou claro seu desejo de comunicar-se após a morte. Há quase 40 anos, o psiquiatra comprou um cadeado com segredo e configurou o código com um dispositivo mnemônico. Ele isolou o cadeado em um armário e o colocou na Divisão de Estudos Perceptivos. Dizem que ele avisou seus colegas que após morrer, ele tentaria passar adiante o dispositivo mnemônico. Desde a morte de Stevenson em fevereiro de 2007, o cadeado nunca foi aberto.

Oque é o Espiritismo Resumo







O Espiritismo é um conjunto de princípios e leis que foram codificados por Allan Kardec em cinco livros referenciados como Obras Básicas. Segue um resumo extraído e adaptado do Livro dos Espíritos, o primeiro dos livros de Kardec.

Resumo da Doutrina Espírita

Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom. Criou o universo, que compreende todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais.

Os seres materiais constituem o mundo visível ou corporal; os seres imateriais, o mundo invisível ou espiritual, ou seja, dos Espíritos.

O mundo espiritual é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistindo e sobrevivendo a tudo.

O mundo corporal é apenas secundário, poderia deixar de existir ou nunca ter existido, sem alterar a essência do mundo espiritual.

O Espírito veste temporariamente um corpo material perecível, cuja destruição pela morte lhes devolve a liberdade.

A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório.

O homem é constituído por: 1) corpo físico, 2) Espírito encarnado neste corpo físico e 3) por um corpo espiritual, denominado perispírito que é o laço que une o Espírito ao corpo físico e é uma espécie de envoltório semimaterial do Espírito.

A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro, o corpo físico. O Espírito conserva o perispírito, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode tornar-se algumas vezes visível e mesmo tangível, como ocorre no fenômeno das aparições.

O Espírito não é, portanto, um ser abstrato, indefinido, que somente o pensamento pode conceber; é um ser real, definido, que, em alguns casos, pode ser reconhecido, avaliado pelos sentidos da visão, da audição e do tato.

Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais em poder, inteligência, saber e nem em moralidade. Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros por sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos e seu amor ao bem: são os anjos ou Espíritos puros. Os das outras classes não atingiram ainda essa perfeição; os das classes inferiores são inclinados à maioria das nossas paixões: ao ódio, à inveja, ao ciúme, ao orgulho, etc. Eles se satisfazem no mal; entre eles há os que não são nem muito bons nem muito maus, são mais trapaceiros e importunos do que maus; a malícia e a irresponsabilidade parecem ser sua diversão: são os Espíritos desajuizados ou levianos.

Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem. Todos melhoram ao passar pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse progresso ocorre pela encarnação. Para alguns é imposta como uma nova oportunidade de reparar as faltas e os erros de vidas passadas. Para outros a encarnação é dada como missão. A vida material é uma prova que devem suportar várias vezes, até que tenham atingido a perfeição absoluta. É uma espécie de exame severo ou de depuração, de onde saem mais ou menos purificados, de acordo com suas ações ao longo da vida.

O Espírito deve passar por várias encarnações. Disso resulta que todos nós tivemos muitas existências e que ainda teremos outras que, aos poucos, nos aperfeiçoarão, seja na Terra, seja em outros mundos.

A encarnação dos Espíritos se dá sempre na espécie humana; é um erro acreditar que a alma ou o Espírito possa encarnar no corpo de um animal.

As diferentes existências corporais do Espírito são sempre progressivas e o Espírito nunca retrocede, mas o tempo necessário para progredir depende dos esforços de cada um para chegar à perfeição. As qualidades da alma, isto é, as qualidades morais, são as do Espírito que está encarnado em nós; desse modo, o homem de bem é a encarnação do bom Espírito, e o homem perverso a de um Espírito impuro.

A alma tinha sua individualidade antes de sua encarnação e a conserva depois que se separa do corpo.

Na sua reentrada no mundo dos Espíritos, a alma reencontra todos aqueles que conheceu na Terra e todas as suas existências anteriores desfilam na sua memória com a lembrança de todo o bem e de todo o mal que fez.

O Espírito, quando encarnado, está sob a influência da matéria. O homem que supera essa influência pela elevação e pela depuração de sua alma aproxima-se dos bons Espíritos, com os quais estará um dia. Aquele que se deixa dominar pelas más paixões e coloca todas as alegrias da sua existência na satisfação dos apetites grosseiros se aproxima dos Espíritos impuros, porque nele predomina a natureza animal.

Os Espíritos encarnados habitam os diferentes globos do universo.

Os Espíritos não encarnados não ocupam uma região determinada e localizada; estão por todos os lugares no espaço e ao nosso lado, vendo-nos numa presença contínua. Ainda assim formam agrupamentos conforme seu estado de desenvolvimento. É toda uma população invisível que se agita ao nosso redor.

Os Espíritos exercem sobre o mundo moral e o mundo físico uma ação incessante. Eles agem sobre a matéria e o pensamento e constituem uma das forças da natureza, causa determinante de uma multidão de fenômenos até agora inexplicável ou mal explicada e que apenas encontram esclarecimento racional no Espiritismo.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem e estimulam para o bem, sustentando-nos nas provações da vida e ajudando-nos a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos sugestionam para o mal; é um prazer para eles nos ver fracassar e nos assemelharmos a eles.

As comunicações dos Espíritos com os homens são ocultas ou ostensivas. As comunicações ocultas ocorrem pela influência boa ou má que exercem sobre nós sem o sabermos; cabe ao nosso julgamento discernir as boas das más inspirações. As comunicações ostensivas ocorrem por meio da escrita, da palavra ou outras manifestações materiais, muitas vezes por médiuns que lhes servem de instrumento.

A moral dos Espíritos superiores se resume, como a de Cristo, neste ensinamento evangélico: 'Fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem', ou seja, fazer o bem e não o mal. O homem encontra neste princípio a regra universal de conduta, mesmo para as suas menores ações.

Eles nos ensinam que o egoísmo, o orgulho e a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos à matéria; que o homem que se desliga da matéria já neste mundo, desprezando as futilidades mundanas e amando o próximo, se aproxima da natureza espiritual; que cada um de nós deve se tornar útil segundo as capacidades e os meios que Deus nos colocou nas mãos para nos provar; que o forte e o poderoso devem apoio e proteção ao fraco, pois aquele que abusa de sua força e de seu poder para oprimir seu semelhante transgride a Lei de Deus.

Ensinam que no mundo dos Espíritos nada pode ser escondido, o hipócrita será desmascarado e todas as suas baixezas descobertas; que a presença inevitável, em todos os instantes, daqueles com quem agimos mal é um dos castigos que nos estão reservados; que ao estado de inferioridade e de superioridade dos Espíritos equivalem punições e prazeres que desconhecemos na Terra.

Ensinam também que não há faltas imperdoáveis que não possam ser apagadas. As oportunidades de reparar os erros de vidas passadas sempre serão permitidas através da reencarnação. Nas sucessivas existências, mediante os seus esforços e desejos de melhoria no caminho do progresso, o homem avança sempre e alcança a perfeição, sua destinação final.